domingo, 18 de janeiro de 2009

DICAS DE PORTUGUÊS


Agora o assunto é a reforma ortográfica e eu ainda não sei nadica de nada.

A casa Branca terá novo inquilino. Na terça, a família Obama se muda prá lá. Para entrar pela porta da frente o então desconhecido senador surpreendeu. Negro tinha o nome estranho - Barack Hussein Obama. Trazia marcas mutirraciais e multiculturais. A mãe, americana branca protestante. O pai, queniano negro mulçumano. O padrasto elegante, articulado, formado pela respeitável Harvard University, prometeu mudança.
Nós podemos, insistiu. Negros, brancos, asiáticos, judeus e mulçumanos acreditaram. Ali estava alguém como eles que chegou lá. Ele abriu a porta da esperança e subiu na vida - ideal dos imigrantes que buscam a América. Obama era a prova do "nós podemos". Convenceu. George W. Bush ajudou. Com a Bíblia na mão, o presidente de plantão disseminou o preconceirto, a intolerância e o ódio. O povo deu o troco. Xô.
Com o verbo " nós podemos", Obama trouxe o verbo poder ao cartaz. Conseguirá conjugá-lo conforme o prometido? Esperamos que sim. Enquanto torcemos, vale lembrar. A reforma ortográfica pôs os acentos diferenciais pra correr. Pára, pêra, pêlo perderam grampos e chapéus. Viraram para, pera, polo e pelo. Mas pôde, passado de poder, mantém o circunflexo. Trata-se da exceção que confirma a regra. Pôde é a única paroxítona que teima em se diferenciar ostensivamente do presente do mesmo verbo: ontem ele pôde sair mais cedo. Hoje não pode.
E por aí vai a reforma, com muitas dúvidas


Estado de Minas: Dad Squarisi

Um comentário:

Obrigada por deixar o seu jeito.